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A rainha dos opalas: Geni do Carmo fala sobre sua grande paixão       

A colecionadora conta um pouco da trajetória, sonhos e desafios de cuidar de carros antigos

Débora Bernardo

O colecionismo é praticado no mundo todo. Existem coleções de todos os tipos, das mais comuns às mais inusitadas, a arte de colecionar, do ponto psicanalítico, envolve gostos particulares e sentimento de amor pelos praticantes.

Geni do Carmo, 35, contempla desta paixão! Colecionadora de carros há 15 anos, possui um diferencial que considera especial: ela mesma restaura seus carros.

O amor de Geni é por Opalas, e em entrevista ela conta:

 

Unifatos.com. Porque você começou a colecionar?

Geni do Carmo. No ano de 2002, um amigo da família chegou à casa da minha mãe com um Opala 88, modelo diplomata 6 cilindros. Quando eu vi aquele Opala foi paixão à primeira vista. Fiz uma proposta de compra e ele aceitou, foi meu primeiro carro e ele está comigo até hoje. Batizei-o com o nome de tenebroso. No ano de 2013 comprei o Opala 73, modelo especial, o batizei de Barão Vermelho. Comecei a participar de encontros, eventos de clássicos, desde então a paixão por esses clássicos só aumentou.

U.C. O que motivou você a ser, além de colecionadora, a responsável pela reforma de seus carros?

G.C. Em 2013, encontrei um opala 82 abandonado. Mesmo com muita dificuldade fiz uma proposta de compra e levei-o para casa. Fui muito criticada porque esse opala estava muito detonado. Ouvi muitas pessoas dizerem “não compensa você restaurar esse opala”, mas o amor por clássicos falou mais alto. Levei em alguns funileiros, restauradores e ouvia sempre a mesma história: “esse carro não compensa, com o valor que você vai gastar você consegue comprar outro”. Foi quando resolvi eu mesma restaurar, aos poucos estou restaurando, sempre nos fins de semana passo o tempo lixando e garimpando peças.

U.C. Você encontra algum desafio colecionando?

GC. Por colecionar carros com mais de 40 anos, o maior desafio que enfrento é encontrar peças para esses modelos de veículos, e encontrar mecânicos preparados para consertar. Já tive muitos problemas com mecânicos, inclusive, até por isso, pretendo fazer um curso de mecânica automotiva para eu mesma consertar o motor de meus Opalas.

U.C. Você já participou de concursos de colecionadores? Como foi?

GC. Na região é difícil ter concursos e premiações para colecionadores. Já presenciei em Santa Catarina, ano passado, e fiquei só imaginando, se meus Opalas estivessem lá qual seria a sensação de participar...

U.C. Como é ser uma mulher colecionadora de carros?

GC. É diferente, quando eu falo para as pessoas que tenho opalas sempre vejo cara de espanto e curiosidade, ah e sempre a mesma pergunta: Opala gasta muito?

U.C. Qual seu maior sonho?

GC. Sonho que quando tiver meus filhos eles tenham o mesmo gosto que eu, colecionar carros, que possam herdar esses clássicos e cuidar com carinho, assim como eu faço.

U.C. Qual seu maior sonho enquanto colecionadora?

GC. Meu maior sonho é ver meus Opalas com minha identidade, do meu gosto, todos restaurados.

Geni, posa para foto, exibindo ‘Barão-Vermelho’, o carro cuja colecionadora apelidou carinhosamente
Nostálgica propaganda comercial de Opala 1976
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