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Tecnologia pode agravar estado de depressão e ansiedade

É preciso saber usar os meios tecnológicos, eles podem ter seus benefícios e também seus malefícios.

Daniela Cervi

Nos dias de hoje é quase impossível passar um dia sem estar conectada em alguma rede social. Além dos jovens, os idosos estão se adaptando à esses novos meios de comunicação. Pode ser complicada, mas essa adaptação não tem limite de idade.

Com tanta tecnologia disponível é difícil pensar em alguém que não tenha Whatsapp, Facebook, Instagram e Snapchat. Mas mesmo com tanta facilidade há quem opte por não ter, como é o caso da Aparecida de Fátima, 51. Ela pensa que toda essa tecnologia pode afetar a vida pessoal e até mesmo nos afazeres de casa. “Acredito que as redes sociais não vão me acrescentar em nada. Se eu quiser conversar com uma pessoa procuro ir até ela. Eu não gosto dessas coisas de internet”, afirma.

A nova geração está mais propensa a viver e conviver no meio virtual do que o real. Algumas pessoas passam por dificuldades psicossociais e fazem com que os problemas podem se agravar. A depressão e a ansiedade são casos a serem destacados.

Dependência

A ansiedade pode se agravar, por conta das redes sociais, o que pode se tornar em depressão e até mesmo síndrome do pânico.

Nicolas Matheus, 22, é auxiliar de laboratório e conta que é dependente da tecnologia por conta da diversão. “Sou viciado em vide-game e isso afeta o meu relacionamento com os outros”.

Mudanças, crises de ansiedade, conflitos pessoais, sempre em meio ao mundo tecnológico. Essa imersão as redes pode trazer algumas consequências como isolamento, pelo fato de se sentirem mais à vontade na vida virtual. “Sou muito tímido, já pedi demissão de um emprego, por não conseguir conviver com muitas pessoas”, ressalta Nicolas Matheus.

 

A tecnologia na palma da mão

Uma onda de novidades aumentam a cobrança para que todos conheçam os aplicativos de forma mais rápida. Para a psicóloga, Mayara Silva, 24, as redes sociais colabora para que o estado de ansiedade e depressão se agrave. “Pode ser um escape. Na rede se manifesta mais forte quando não alcançado o objetivo, ou quando comparando ao outro, e é onde surge uma potencialização do problema.

O celular hoje é uma das grandes influências tecnológicas que a sociedade foi “obrigada” a se adaptar, tanto em meios profissionais quanto pessoais, passando a ser tão influente que em alguns casos pode se tornar prejudicial para saúde mental. A dependência do aparelho - quando passa dos limites - toma conta do individuo, causando os sintomas de estresses, ansiedade e desespero. “As pessoas se sentem muito ansiosas pelo futuro, pelo que vai acontecer e o que virá. Nesse caso, o não poder controlar o futuro, deixa as pessoas em crise”, comenta a psicóloga.

Nathaly Henz, 20, afirma que o uso excessivo do celular pode ser prejudicial para a vida profissional, mas mesmo assim consegue se controlar. “Não vou dizer que nunca visualizei em horário de trabalho, mas sempre em momentos oportunos, como o intervalo”. Em determinados momentos, para ela, o celular é uma fuga das doenças psicológicas. “Quando estou sem celular me torno ainda mais ansiosa, mesmo que a ansiedade venha de outros motivos, mas o aparelho é algo que ajuda a diminuir essa ansiedade, pois passo muito tempo sozinha” ressalta.

A dependência da tecnologia pode trazer consequências como isolamento. Foto: Mariza Mattos
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