Tatuagem domina o mundo das mulheres
No Brasil o maior percentual de tatuados são do gênero feminino

Débora Bernardo
A tatuagem é considerada uma forma de arte viva na pele. Com os primeiros registros há cerca de quatro mil anos antes de Cristo a prática surgiu em diversos lugares no mundo, com diferentes técnicas.
Na Roma antiga, a tatuagem era somente para criminosos. Após um tempo, guerreiros passaram a utilizá-la como marca de honra. Assim, a arte se disseminou entre os romanos.
O processo de tatuar ganhou espaço na sociedade com o tempo, mas de acordo com a tatuadora Milena Noronha, o preconceito ainda existe. “Os primeiros dias que eu ia buscar meu filho na escola era bem agressivo, acham que você é drogado, que não cumpre seus horários e que não tem uma vida normal”, conta.
O processo envolve agulha e quem tatua relata sentir um pouco de dor. Nas falácias populares ao atribuir fragilidade e o medo ao gênero feminino “tatuar não é coisa de mulher”. Porém, uma pesquisa revela que 60% de tatuados no Brasil são na verdade tatuadas, a prática está cada dia mais comum no mundo feminino.
Milena Noronha, 32, é tatuadora há oito anos, ela conta que passou um tempo na Europa e quando veio a Cascavel, cidade onde reside atualmente, não arrumou emprego pois é tatuada. Como Milena já tinha experiência na área, começou a tatuar e fez disso sua profissão. “A tatuagem para mim foi surpreendente, eu me apaixonei e vivo disso até hoje”.
O tatuador Maylson de Abreu, conta que em seu estúdio, 80% dos clientes são mulheres. Para ele, o fato das mulheres dominarem os estúdios de tatuagem tem uma explicação: a vaidade. Maylson fala que a arte na pele funciona como unhas feitas, “as mulheres vão ao salão para fazer o cabelo e ao estúdio fazer tatuagem, é tipo um salão, mas com agulha”, brinca.

