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Problemas respiratórios são mais frequentes na primavera

O pólen é o maior causador de rinite alérgica nesta época do ano

Os botons são presentes de intercambistas estrangeiros encontrados em outros países

Diego Cavalcante

 

A estação mal começou e já interfere diretamente na vida das pessoas, principalmente naquelas com predisposição à rinite alérgica. Devido à florescência das árvores, há uma enorme liberação de pólen dissipada no ar, prejudicando o sistema imunológico dessas pessoas, tornando-se mais comuns as crises da doença.

Segundo a Secretaria de Saúde de Cascavel, durante a primavera, os números de atendimentos prestados aumentam substancialmente, seja envolvendo alergias, infecções ou doenças respiratórias devido ao clima seco e ao pólen.

De acordo com o diretor do IPRAA (Instituto Paranaense de Rinite, Asma e Alergia), Jorge Luiz dos Santos, neste período, o principal causador das alergias respiratórias é o pólen. “O nariz entope, causa coriza, espirro. Essas variações ambientais, unidas ao clima seco da primavera, tornam-se tão incômodas quanto os ácaros, principal causa de problemas respiratórios no inverno”, avalia o médico.

Afetados

A contadora Taynah Tiem, 28 anos, sofre com problemas respiratórios devido a sua própria genética. Porém, nesta época do ano, as crises ficam mais intensas. “Quando o clima fica seco, já é certo que meu nariz vai escorrer. Tenho alergia durante toda a primavera, tenho coriza, tranca o nariz e tenho que respirar pela boca. Com isso, minha garganta seca e infecciona”, afirma a contadora.

Já a estudante Camila Klein, 21 anos, sofre de rinite alérgica e bronquite durante toda a estação. “A instabilidade no clima agrava meus problemas respiratórios. Mesmo tomando antialérgicos e usando spray nasal, necessito de acompanhamento médico para diminuir as minhas crises”, relata a estudante.

Prevenção

A cura pode ser complicada, mas existem várias formas de prevenir as alergias na primavera, dentre as mais comuns: evitar ambientes fechados, fazer a limpeza sempre com panos úmidos, além de ter uma boa alimentação e higienização nasal frequente.

O médico Jorge Luiz dos Santos conta que existem vários medicamentos que auxiliam nessa prevenção. “Existem diversos nomes comerciais à base de soro fisiológico que funcionam como higienizador do nariz”, afirma o médico. “Eu lavo bastante o rosto, limpo bem o nariz, faço inalação somente com soro fisiológico pelo menos quatro vezes por dia, além, claro, do umidificador de ar que fica sempre ligado”, afirma Taynah.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Panorama mundial

Segundo dados do IPRAA, um terço da população mundial tem rinite e daqui a dez anos esse número poderá chegar a 50%. No caso da rinite, a imunoterapia (tratamento de doenças pela modificação do sistema imunitário por meio de vacinas) consegue resolver em definitivo cerca de 80% do problema em cada pessoa.

Durante a primavera, em dias mais secos, o indicado é manter o ambiente úmido, evitar o ar vindo da rua. Mas se for necessário sair, dar preferência para o fim do dia, período em que a incidência de pólen é menor. O ar-condicionado é eficiente nesse caso, pois esse equipamento filtra as partículas de pólen, auxiliando a respiração.

Infográfico: Carlos Targa
O médico Jorge Luiz dos Santos trabalha com enfoque voltado especialmente ao tratamento de alergia e imunologia. / Foto: Arquivo pessoal
A estudante Camila Klein sofre com rinite alérgica e bronquite, principalmente durante a primavera. / Foto: Diego Cavalcante
Taynah Tiem tem suas crises agravadas no clima seco. / Foto: Arquivo pessoal
Infográfico: Carlos Targa
Polén é o principal vilão para os alérgicos na primavera. / Foto: Diego Cavalcante
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