Há também os motoclubes, quem não lembra de Jax Teller e seu grupo no seriado Sons of Anarchy. Diferente da série de televisão, os motoclubes tem bons objetivos, como reunir amigos e passear nos finais de semana. Alguns grupos até mesmo se unem para fazer gestos de caridades. Claro que nem todo motociclista curte um clube, Orli Boeira afirma que não gostou da sua experiência. “Já participei de um motoclube, não gostei. Muitas reuniões, compromissos, regras, isso acabou atrapalhando um pouco do espirito de liberdade que eu via no motociclismo”.
De acordo com Boeira, pilotando uma moto, na hora em que você está quieto no capacete, é um momento de conexão com você mesmo. Essa sensação de conexão, relaxamento, meditação é o que atrai vários amantes do veículo. “Como minha primeira moto já era considerada boa, comecei a me aventurar com viagens. A preparação da viagem é tão gostosa quanto à própria viagem. A escolha do destino, a reserva de hotéis, a escolha das rotas, pesquisar se vai estar chovendo, todo o passo a passo até a viagem em si, é muito divertido”.
Escondidos por baixo de roupas de couro pesadas, bandanas, luvas, botas e caveiras, estão pessoas de todos os tipos. Médicos, funcionários públicos, advogados, garis, pedreiros, entre outros. A paixão pelo motociclismo não se resume a maiores de idade, jovens também sentem o prazer da velocidade. O estudante Guilherme Martins, 18, afirma ter se apaixonado por motos com seu pai. “Eu ainda era pequeno quando ele comprou a primeira moto, era uma moto grande e nem meu pai encostava direito o pé no chão. Ele me levava em encontros de motociclistas e comecei a gostar bastante”, relata o estudante.
Paixão sobre duas rodas
atrai pessoas de várias idades
Motociclismo é uma das maiores fontes de lazer do brasileiro
Diego Cavalcante
Porque o motociclista prefere o desconforto de uma moto ao conforto e a segurança de um carro? Uma pergunta feita a todo tempo, mas somente quem vive essa experiência tem propriedade para falar sobre essa paixão que envolve milhões de pessoas no mundo inteiro que é o motociclismo. Segundo dados do IBGE, 50% das famílias do Brasil possuem motos.
Motociclistas cultivam um espírito aventureiro, muitas vezes se unem para viajar, ir a encontros e confraternizar com amigos. O objetivo é rodar, Não importa a máquina ou as cilindradas, a finalidade é cultivar a paixão pelo motociclismo.
O farmacêutico Orli Boeira, 45, motociclista há mais de 15 anos, relata conta que sua paixão começou sem um planejamento, foi por falta de espaço na residência que vendeu um dos carros e comprou uma moto. “Quando comprei minha primeira moto, eu realmente não sabia pilotar. Comprei, pedi para o vendedor como que funcionava, sentei na moto meio cambaleando e levei para casa, depois de alguns dias comecei a fazer aulas”, conta Orli.
Orli Boeira - Sua paixão por motos começou há mais de 15 anos. / Foto: Diego Cavalcante
Guilherme Martins - Sonha em ter sua própria moto um dia. / Foto: Diego Cavalcante
Sons of Anarchy (2008-2014) - No Brasil a série ficou conhecida como Filhos da Anarquia. Foto: Divulgação
Encontros de motociclistas são frequentes em Cascavel. / Foto: Diego Cavalcante
Escondidos por baixo de roupas de couro pesadas, bandanas, luvas, botas e caveiras, estão pessoas de todos os tipos. Médicos, funcionários públicos, advogados, garis, pedreiros, entre outros. A paixão pelo motociclismo não se resume a maiores de idade, jovens também sentem o prazer da velocidade. O estudante Guilherme Martins, 18, afirma ter se apaixonado por motos com seu pai. “Eu ainda era pequeno quando ele comprou a primeira moto, era uma moto grande e nem meu pai encostava direito o pé no chão. Ele me levava em encontros de motociclistas e comecei a gostar bastante”, relata o estudante.
Muitas pessoas acham que os usuários de motos são todos iguais, não sabem diferenciar o motociclista do motoqueiro. O motociclista possui um estilo próprio e visa sempre a segurança e a tranquilidade durante os passeios, a moto é um instrumento de lazer. Já o motoqueiro geralmente usa a moto como meio de transporte, ou de trabalho.
Motos esportivas chamam atenção até de motociclistas tradicionais. / Foto: Diego Cavalcante
Há quem diga que o carro é o veículo da família, porém a moto também é um meio de aproximar a família. “Enquanto eu ainda não tenho a minha, passeio com meu pai, mas espero ter muito em breve”, conta Guilherme Martins. Já Orli Boeira, tem um acordo bem peculiar com a esposa. “Meu combinado com a minha mulher é que no primeiro tombo, a gente vende a moto. Então sou sempre muito cuidadoso porque senão perco meus brinquedinhos [SIC]”.
Apesar das diferenças que existem no mundo sobre duas rodas, o mais importante, tanto para os amantes, quanto para os usuários, é o cuidado pela segurança de todos no trânsito e o respeito pelo próximo.
