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Ginástica rítmica exige esforço, rotina e persistência

Atletas começam a competir aos nove anos, e aos 16 já fazem parte da categoria adulta

Núbia Hauer 

 

A Ginástica Rítmica (GR) envolve os elementos do balé e dança teatral, adaptados com o acompanhamento da música e coordenados com o manejo dos aparelhos, que são: corda, arco, bola, maças e fita. Esse esporte exige muita dedicação e esforço, pois as dores fazem parte da rotina das atletas.

Desde a década de 1990 acontece em Toledo o projeto de Ginástica Rítmica. Em 1996 a então indústria Sadia, que hoje leva o nome de BR Foods, passou a ser a patrocinadora oficial do esporte na cidade, o que impulsionou a ação. A equipe passou a ganhar apoio e suporte efetivo para os treinamentos, além de condições necessárias para participar de competições nacionais e internacionais.

A ginasta mirim, Danielly Fernandes, 7, é considerada “bebê” na GR, porque participa do projeto há apenas quatro meses. “Eu tenho que treinar muito e ter força de vontade, porque são várias coisas que devemos cuidar, como a alimentação. Não posso ficar comendo muita ‘porcaria’, como chips e coisas que têm gordura. Eu tenho que dormir cedo, para acordar bem disposta”, explica ela sobre a sua rotina.

Esse início precoce se dá pela grande exigência da modalidade. Com apenas nove anos as meninas já são consideradas profissionais. “Aos 16 elas entram na categoria adulta. Por isso as meninas aprendem a abrir mão de algumas coisas da infância, mas ganham outras dentro do esporte”, explica a técnica Adelina Megedanz.

Os jogos olímpicos é um dos grandes sonhos das ginastas para treinarem cada vez mais. Morgana Gmach, 20, é ginasta olímpica da seleção brasileira e participou na categoria conjunto na olimpíada Rio 2016. “Foi uma sensação inexplicável, foi maravilhoso, só estando lá para saber o que realmente é uma olimpíada. Não tenho palavras para descrever aquele momento, só que foi incrível”.

Gmach informa que pelo fato da GR ser precoce o seu fim também é cedo. “Daqui algum tempo eu vou me aposentar, todos falam que é cedo, mas o corpo na ginástica não aguenta muito, em decorrência das lesões, sentimos muita dor. Vou continuar até quando meu corpo aguentar”.

Por fim, a ginasta da seleção brasileira deixa um recado para as novas gerações. “Tudo que eu vivi como atleta foi maravilhoso, as sensações são únicas em cada viagem, no momento de subir no pódio, vale a pena o esforço”.

Morgana Gmach participou dos jogos olímpicos Rio 2016 na categoria conjunto em fitas
A modalidade é uma das mais precoces, pois aos nove as meninas já são consideradas profissionais
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