​

Carlos Targa

 

Mesmo que os locais de trabalho sejam considerados seguros, os riscos de acidentes ainda podem estar presentes de diversas formas. Sendo assim, os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) são indispensáveis e salvam vidas. Segundo a engenheira de produção Fernanda Butarelli, a primeira responsabilidade perante os acidentes está no empregador, pois a empresa deve conhecer os riscos no ambiente de trabalho e fazê-los conhecidos a seus colaboradores, “Na presença de uma situação de perigo a empresa sempre tem que tentar reduzir ou eliminar esse risco”.

​

Ainda que o colaborador saiba da obrigação do uso dos EPIs, em diversos casos ele opta por não usar o equipamento, correndo risco de sofrer mais do que uma lesão física. Fernanda relata que a empresa, tendo como comprovar a entrega do equipamento em bom estado e que o funcionário recebeu o treinamento adequado e mesmo assim a não utilização, “Nesses casos o colaborador é responsável, inclusive podendo sofrer demissão por justa causa”.

​

Nem todos os acidentes acontecem dentro da empresa. É o caso do acidente de trajeto, que é o acidente sofrido no empregado percurso de casa ao trabalho e a volta do trabalho para casa. Se o ocorrido no desvio desse trajeto, mesmo que seja no horário de almoço ou descanso, essa ocorrência não se classifica nesse caso. Foi o que ocorreu com Raul Luciano: “Na época eu tinha uma moto, mas não me acidentei no percurso para casa, e nesse caminho acabei sofrendo um acidente, mesmo não me encaixando nesse direto a empresa abonou minhas faltas, mediante a apresentação de um atestado médico e em poucos dias pude retornar ao trabalho”. 

​

Para prevenir cada vez mais o número de acidentes no trabalho, empresas com mais de 20 funcionários devem instituir a criação de uma Cipa (Comissão Interna de Previsão de Acidentes), regulamentada pelo Ministério do Trabalho.

​

De acordo com essa norma, a Cipa tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, preservando a vida e promovendo a saúde do trabalhador. No entanto, a efetivação desse objetivo dependerá essencialmente do comprometimento e da participação tanto dos empregados quanto do empregador.

 

Alexandre Eid da vice-presidente da Cipa do Cento Universitário Univel, relata que passou por treinamentos para saber agir quando necessário “A Cipa começa com treinamento de um mês para que todos saibam como ela funciona. Então durante o período de um ano a empresa investe nos treinamentos e na capacitação dos colaboradores e na entrega dos EPIs para que assim, todas as necessidades sejam atendidas”.