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Crianças e livros: obrigação ou prazer?

A leitura deve se tornar um hábito desde criança. Pais e escolas precisam trabalhar juntos

Os botons são presentes de intercambistas estrangeiros encontrados em outros países

Natalia Paiva

A leitura está presente na vida das pessoas há anos, seja na época das cavernas ou hoje. Entretanto, com os anos os objetos de leitura deixaram de ser desenhos em pedras para se tornarem palavras escritas em folhas. E mais uma vez essa mudança ocorre, das folhas de papel passamos para as telas de celulares, computadores e tablets. Antes, o que era um hábito quando criança, pode se tornar uma obrigação, ou ainda ser deixado de lado.

Segundo pesquisa realizada pelo Ibope (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística), e encomendada pelo Instituto Pró-Livro, quase 50% dos brasileiros não são considerados leitores, ou seja, que não leram nenhum livro por pelo menos três meses. Porém, o mais preocupante é que 30% dos entrevistados nunca sequer leram um livro. Contudo, a pesquisa mostra que os leitores entre 5 e 13 anos são os que mais têm apreço pela leitura.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Pensando nisso, escolas de Cascavel em parceria com a Biblioteca Pública Municipal Sandálio dos Santos realizam encontros que promovem o hábito da leitura entre os pequenos. Para a bibliotecária Denise Farias, o hábito da leitura não deve vir apenas das escolas, mas sim do exemplo em casa. “Se a criança tem um pai ou uma mãe que é leitor, a criança vai seguir o exemplo, se tornando algo natural para ela em querer ter um livro nas mãos”.

Nas escolas os professores procuram diversas maneiras para incentivar a leitura, sendo a forma mais comum a “hora da leitura”. Mas em alguns casos a criatividade toma conta, transformando a leitura em diversão, é o que conta a professora Tatiana Didur, educadora de uma escola privada em Cascavel: “toda semana um dos meus alunos leva uma maleta cheia de livros para casa, nessa maleta ele encontra diversos gêneros literários e pode escolher o que mais gosta para ler com os pais. Assim, tornando a leitura um momento divertido em família”.

           

 

 

 

 

 

Outra forma de incentivo é levar as crianças à biblioteca, considerando que muitos pais ou responsáveis não têm tempo ou mesmo o hábito de frequentar o espaço. Os alunos, por sua vez, aproveitam o momento para aprender e compartilhar histórias com os amigos. Eles têm até mesmo livros favoritos, como o caso da Isadora, de oito anos, que tem como preferência o “Diário de um Banana” e “Percy Jackson”. Ela ainda comenta que gosta de dividir o seu tempo livre entre o celular e os livros. “Gosto de mexer no celular, mas também gosto de ler. Então, passo metade do meu tempo jogando e na outra eu leio um livro”.

Crianças e adolescentes são os que mais lêem por prazer segundo a pesquisa do Ibope. / Foto: Lyrian Periolo
Infográfico: Lyrian Periolo
O projeto de leitura na biblioteca reúne crianças de diversas escolas de Cascavel
Foto: Lyrian Periolo
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