Vitor Miekzikowski

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Algo comum atualmente é a exigência do mercado de trabalho por aperfeiçoamento profissional. Já se foi o tempo em que o músico se formava por conta própria.Provavelmente na década de 60, quando o memorável astro do rock Jimmy Hendrix dava seus primeiros passos com a guitarra, a atividade no meio musical se iniciava por meio da influência de familiares e amigos.

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Atualmente, aqueles que buscam viver de música resolvem investir muito mais em seus estudos. Quem é de Cascavel e região, conta com uma única instituição de ensino que oferece o curso de músicaem nível de Graduação.O curso que forma licenciados em música existe na cidade desde 2008.

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Mas porque o curso de graduação em músicanão é desenvolvido em outras instituições de Ensino Superior da região? O coordenador do curso em Cascavel, Patrick Furlan, aponta alguns possíveis aspectos: “O curso exige um grande investimento inicial, com instrumentos, sala acústica, equipamentos de edição e mixagem de som. E só faz música quem quer fazer música, não é simples para qualquer instituição iniciar o curso na região”.

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O curso é um grande atrativo para quem busca o aperfeiçoamento musical. É preciso que fique claro, que alunos ingressam no curso por razões distintas. Existem aqueles aficionados por música, que buscam simplesmente aprimorar algumas técnicas e conteúdos teóricos, a fim de realizar o sonho de estudar música em uma instituição de Ensino Superior. Por outro lado, muitos vão em busca da oportunidade de abrir um leque de opções para atuar no mercado de trabalho.

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O estudante do terceiro ano do curso, Renato Rodrigues (24), é um exemplo de acadêmico que busca aperfeiçoamento técnico, para ingressar no mercado musical da região. “Pretendo trabalhar com a música depois de formado voltado para a área do ensino, prestar concurso público e dar aulas particulares”, aponta Rodrigues.

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A cidade de Cascavel oferece boas oportunidades para músicos crescerem profissionalmente,além da possibilidade de dar aula.   Kristopher “Baixista” (39), além de professor e mestre em biologia pela UNIOSTE (Universidade do Oeste do Paraná), é musico e concluiu o curso de graduação em música de Cascavel. Ele acredita que o fator econômico da cidade interfere na preferência musical da região,voltada para o sertanejo e o pagode.

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O professor, que diz ter ingressado no curso simplesmente pelo interesse e vontade de aprender, acredita existir um sério problema cultural vivenciado pela cidade.“A população em geral dá valor para a música que não traz técnica e elaboração, e não costuma apreciar em sua maioria a música mais elaborada e detalhada, pois julga algo chato”, dia o baixista.

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O músico diz ainda que isso leva profissionais de excelência, formados na região, a deixarem a cidade, em busca de um novo nicho de mercado. Você se lembra do Patrick? O coordenador do curso admite que dos 35 alunos formados esse ano, nem todos conseguirão oportunidades em Cascavel ou cidades próximas. “Só consegue aquele que além de se destacar tecnicamente durante o curso, também atende a necessidade musical da região”.

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Mesmo com alguns empecilhos, o curso só tende a crescer. Desde 2016 foipioneiro também no curso de pós-graduação na área musical,a primeira do gênero em formato presencial de Cascavel.